Conhecimento técnico e cultural da língua pode garantir lucro
A frase “falar idiomas abre portas” nunca fez tanto sentido quanto hoje, especialmente se nos referirmos ao Espanhol, que é considerado o segundo idioma mais falado do mundo e o terceiro mais necessário na hora de fazer negócios, depois do inglês e o chinês.
No Brasil, o único país que fala português na América Latina, o cenário não é diferente. Desde 1991, com os acordos de livre comércio do MERCOSUL (Mercado Comum do Sul), as negociações entre as multinacionais brasileiras e os países de fala hispânica incrementaram.
Segundo o mapa das multinacionais realizado pela Oxfam Brasil em 2017, com dados atualizados para 2019, os nove países vizinhos da América Latina detinham operações de multinacionais brasileiras, especialmente no setor extrativo (mineração, gás, petróleo). São estes: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela. Além deles, outros países de fala hispana concentravam os investimentos de mercado brasileiro: Costa Rica, Cuba, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Panamá e República Dominicana.
De acordo com o ranking 2018 de Internacionalização das empresas brasileiras da Fundação Dom Cabral, 68,6% das empresas brasileiras têm franquias e subsidiárias na América do Sul. De uma amostra de 69 empresas, a Argentina se destaca como principal destino.
Entre as multinacionais brasileiras com operações na América Latina podemos citar: LATAM, Itaú, Furnas, Andrade Gutierrez, Braskem, Camargo Corrêa S.A, Eletrobras, Gerdau, Grupo Votorantim, Intercement, Magnesita Refratários, OAS S.A, Odebrecht, Petrobrás, Queiroz Galvão e Vale. Assim como as operações da Klabin, Natura e JBS.
Contudo, qual é o papel do espanhol neste cenário? Distante da crença de que falar “portunhol” já é o suficiente para ser entendido, é preciso tomar cuidado com os falsos cognatos que podem dar lugar a interpretações erradas no espanhol. Por exemplo: Rolando me comentou que nas aulas In-Company do Espanhol Macanudo ele aponta para seus alunos que um erro muito vergonhoso é confundir o uso do verbo “ligar” em ambas línguas. Quando uma pessoa diz “Posso te ligar mais tarde?” em português significa marcar uma conversa telefônica. Já no espanhol a frase “¿Puedo ligarte más tarde?” traz uma conotação de paquera. Se usarmos de forma incorreta cometeremos uma gafe.
Por esta razão, para ter acesso a este rico mercado é importante dar o primeiro passo: o domínio da língua.
No entanto, saber falar e escrever em espanhol corretamente não será o suficiente para fechar uma negociação com sucesso. É fundamental também entender as adaptações culturais dos países: lembre-se que o espanhol pode ter conotações e frases diferentes em cada região. Assim conhecer essas diferenças é vital para ganhar a empatia dos empresários nas relações de comércio.
Por este motivo, Rolando também aponta que é preciso prestar atenção na linguagem formal e informal de cada país, especialmente no uso de pronomes, tais como “Você” que pode implicar tratamento extremamente informal entre alguns executivos e ser considerado falta de educação.
Países como Uruguai, México, Venezuela e Colômbia não admitem o uso do pronome “tú” (equivalente a você) num primeiro contato, que é considerado extremamente desrespeitoso no ambiente corporativo. Já na Argentina e no Uruguai, a palavra “tú” é substituída pelo pronome “vos”, por exemplo.
Em consequência, é vital o domínio da língua e o conhecimento das adaptações culturais de cada nação. Lembre-se que no ambiente de negócios a primeira impressão sempre deve ser a correta e não há margem para o erro.
Para isso recomendamos, que os interessados em negociar com empresas da América Latina ou falantes nativos realizem um treinamento aplicado às relações executivas. No Espanhol Macanudo, podemos lhe ajudar nesta demanda!
Outros mercados
Enquanto o domínio do espanhol pode garantir o sucesso nas negociações comerciais entre multinacionais, é importante não se esquecer de outro fator que está virando tendência no mercado latino-americano.
Provavelmente você já viu alguns dos seus amigos se mudando para o Chile à procura de emprego ou estudando na Argentina. Não é mesmo? Desde 2015 a busca de oportunidades e intercâmbios com países vizinhos está aumentando. Bolsas de estudo, empregos em subsidiárias, oportunidades como freelancers, entre outros têm caracterizado este movimento.
Da mesma forma, muitas empresas do mercado corporativo colocam como requisito nas entrevistas de emprego o domínio de espanhol, para poder se comunicar com os parceiros e equipes de marketing localizados na América Latina ou Espanha. Em um mercado altamente competitivo como o brasileiro, fruto da recessão econômica, o desconhecimento do espanhol pode significar a perda de acesso a oportunidades melhores de trabalho.
Por este motivo, não deixe de ser um profissional de destaque de mercado, coloque o aprendizado do Espanhol entre os seus objetivos.
E você, acredita que aprender Espanhol é importante? Nos conte os porquês!
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